sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

USHUAIA 2014, 9-CONSIDERAÇÕES FINAIS

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CUSTOS DA VIAGEM: Pessoalmente, gastei R$ 6200 em 29 dias, numa média de R$ 214/dia, ou US$ 90/dia (a uma taxa de 2,4). As taxas de cambio foram de R$ 0,20 e 0,22 (cambistas) e de R$ 0,31 cada peso (no cartão/tarjeta).

SEPARAÇÕES
   Em vários momentos da viagem todos nos separamos em algum momento, mas sempre combinando o que fazer...
   No fim da ida, Claudia e Martin foram na frente  por conta da chegada da Raquel no avião, para acompanha-la.
   Na volta teve um momento que eu tentei me descarrar na frente mas por segurança voltei para o grupo.
   Noutro momento o Clovis deixou o Coraza um cidade atrás e veio ao meu encontro.
   E depois o Coraza seguiu na frente e nos desencontramos por algumas horas.
   Mas... sempre estávamos conectados, trocando mensagens de wi-fi em wi-fi e de SMS em SMS.

CONTERRÂNEOS
   Coraza e eu, por exemplo, achamos conterrâneos morando da Argentina, uruguaios e brasileiros, e isto sem falar nos viajantes.

ÉL CAPITAN
   Claro que foi um peso que eu não esperava... no entanto, depois de ter analisado bem, me sinto realmente honrado em ter tido essa maravilhosa oportunidade de convívio com todos, com cada um dos integrantes desta viagem, mesmo os que encontrei por pouco tempo, como a Kitty (chilena de Porvenir, Tierra del Fuego) e o Gilson Miranda (gaúcho como eu, nascido no RS), que estiveram conosco uns 2 dias. Sempre vou lembrar do Coraza me chamando de "El Capitán, Mi Capitán"!
PS: Voltei como El Gran Capitan Argentino, porque "comprei um terreno" por lá (cai do rípio perto de PiedraBuena). Hehehe... faz parte!

MUITO OBRIGADO!!!
   Muito obrigado ao grupo (Claudia, Clóvis, Coraza e Martin) por terem me dado o prazer de ter convivido com cada um esse tempo todo, sempre juntos (mesmo quando alguém etivesse separado, estávamos conectados) e atentos aos outros!
   Muito obrigado aos amigos que fizemos e encontramos no caminho, cada um com seu valor e seu brilho!
   E o mais importante... muito obrigado aos nossos familiares que estavam sempre conectados conosco, a cada dia, trocando mensagens e carinho! A melhor parte de cada viagem é, sempre, voltar pra nossa casa, para o nosso lar!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Reunião em Livramento do 2º Abraçando a Fronteira

Apesar de acabar de postar o (pen)último post da viagem a Ushuaia, tenho que postar esta novidade...

   Temos que nos organizar, sempre, pois a união faz a força. Por isso o Marcio Daniel, nosso coordenador regional da AMO-RS na Fronteira Oeste, está rodando algumas cidades da região, dentro do possível, pois é um trabalho voluntário.

Desta vez o trajeto é este...

TRAJETO:
   Serão 600 Km rodados no sábado 15. Na BR 290 a velocidade mudou para 110 Km/h, o que vai melhorar o tempo percorrido.... mas entre Uruguaiana, Itaqui e São Borja vai ser complicado manter uma velocidade boa. No total serão pouco mais de 700 Km.
   Sairemos de Rosário do Sul às 7h30min do sábado 17. Haverá camping e uma janta para quem chegar na sexta. Os abastacimentos serão na saída, em Alegrete (106 Km), Uruguaiana (145 Km), Itaqui (104 Km), São Borja (91 Km), Santiago (141 Km) e chegada em São Pedro do Sul (117 Km).
   Janta de sexta e café da manhã de sábado em Rosário do Sul, almoço em Itaqui, janta e café da manhã em Santiago, .almoço de domingo em São Pedro do Sul.

UNIÃO:
   Temos que nos unir e vamos fazer uma grande festa estradeira. 

DICA de um estradeiro:
   Lembre que o ritmo "estradeiro" é manter a velocidade de cruzeiro e se sua moto não lhe permite ou se você tem problemas com isto, como andar muito rápido e ficar ultrapassando os demais, fica complicado participar do comboio. Lembre-se de que estaremos preparados para dar segurança a quem estiver no comboio e mantiver sua posição na estrada. Se vocês optar por andar fora do mesmo, será por sua conta e risco.

VEJA AS FOTOS da reunião aqui em Livramento neste sábado, 24 de janeiro:


sábado, 24 de janeiro de 2015

USHUAIA 2014, 8-VOLTANDO P/CASA (parte 2)

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FOTOS DOS 26º ao 30º DIAS - 06 a 10/DEZ:
    

26º DIA - 06/DEZ - Rio Gallegos a Pasman (errando um trevo...)
Começamos o dia tirando uma foto com o amigo Pelado que nos recebeu em Rio Colorado na ida e na volta. Saímos sem pressa, pois o cansaço acumulado era grande. Nossa meta era seguir o que desse nesse dia e tentar manter o cronograma de forma a chegar no dia esperado.
Passamos por fora novamente em Bahia Blanca, mas desta vez não voltamos pela ruta 3, mas sim pela ruta 33, reto para o norte até Guamini, onde deveríamos seguir pela ruta 65 em direção a Bolivar, porém...
ERRAMOS NO TREVO e pegamos (ao entardecer) a ruta 85 e isto nos custou 30 Km até achar uma vila e perguntar. Não pudemos seguir pois anoiteceu e vinha uma chuva das boas. A vila em questão se chama Pasman e tem apenas 188 habitantes. Hotel e posto nem pensar, mas achamos um restaurante onde o dono era membro da "comissão" (diretoria) do clube local e ele nos conseguiu para montar as barracas sob uma área coberta no pátio do clube e com a porta dos fundos aberta para podermos ter acesso ao banheiro (sem ducha).
CHUVA... foi ótimo estar sob um teto, pois caiu uma chuva daquelas durante a noite e teríamos nos molhado se fosse um local sem cobertura.
GURIZADA... os filhos do amigo que os recebeu estavam na nossa volta, pois creio que nunca tinham parado motociclistas assim, de passada e ao anoitecer. Interessante como acampar nos mistura com as pessoas à nossa volta. Isto realmente não tem preço.
CHURRASQUEIRA... fiquei impressionado com o tamanho da churrrasqueira e da cozinha do clube... certamente se juntam muito mais do que 188 pessoas por ali, pois o salão era maior ainda!

27º DIA - 07/DEZ - Pasman a Zarate
BRASILEIRA... Na manhã, após um noite chuvosa, levantamos acampamento e fizemos questão de encontrar a brasileira que vive "perdida" na vila de Pasman... sim vive uma brasileira por lá, com família! (Seu filho é nascido no Brasil.) Obviamente tiramos uma foto com o pessoal que nos recebeu e com a conterrânea, para guardar o momento!
BANDEIRA... Como sempre, onde passávamos a noite, deixávamos uma bandeira do Brasil para o dono casa... neste caso, além do dono da casa, também ficou uma para minha compatriota.
PLANTAÇÕES e CHUVA... Os campos à nossa volta estavam totalmente plantados e com presença de implementos agrícolas, o que explica o tamanho daquele clube em Pasman, pois há muita gente trabalhando no campo nessa região. Pouco tempo depois da nossa saída começou a se formar um sistema de chuva (nuvens) e num dado momento ela se fez presente. Como sempre algo fica molhado quando pegamos chuva e uma parada estratégica num posto foi necessária para esperar a chuva se acalmar.
O CAMPING... Antes eu tinha pedido ajuda na ree C.A.M.A. par saber os campings em Gualeguaychú e o pessoal não só respondeu como acabamos tendo contato com o Claudio Gatt que acabamos encontrando no dia seguinte. Mas os horários de saída e de parada pela chuva nos atrasaram e chegamos no início da noite em Zárate. Graças a um cara que nos encontrou no posto YPF da ponte em Zárate, ficamos sabendo de um camping barato passando a ponte... ALIAS... são vários os campings do outro lado da ponte em relação a Zárate. Acabamos encontramos um a $40 (pesos) por pessoa (tinha pelo dobro também). Era simples, muito simples, de forma que o Clovis ficou bem mau impressionado por chegarmos num local pequeno e lamacento (choveu muito naquele dia alí em Zárate). Mas achamos um lugarzinho seco e montamos as barracas.

28º DIA - 08/DEZ - Zarate a Paysandú
Tirei fotos interessantes ao amanhecer no camping de Zárate (que era para pescadores). Também ví barcos grandes passando e famílias tendo bons momentos no camping. Saímos sem pressa, pois estávamos cada vez mais perto de casa.
GUALEGUAYCHÚ... tínhamos feito contato com o Claudio Gatt do Batayón Motero em Gualeguaychú, que nos recebeu durante a a tarde. Foi uma ótima conversa, comemos uma "picada", onde falei de meus planos de voltar (ou ir) do Alaska, se possível até (ou de) Ushuaia e o Claudio me mostrou um livro de um motociclista argentino que já fez isso e publicou num livro.
PAYSANDÚ... Terminamos o dia em Paysandú, no Rami.

29º DIA - 09/DEZ - Paysandú a Livramento (e a Melo)
Na saída tiramos uma foto com eles, como sempre. Seguimos a Tacuarembó, direto na casa do Jopo, onde comemos uma "picada", e em seguida fomos para a oficina do Enano e dalí eu e Clóvis decidimos seguir para Livramento. Já o Coraza foi para a casa do Sosita e depois seguiu para Melo (depois confirmamos que o Coraza chegou bem). Deixeu o Clovis acomodado em Livramento e no dia seguinte...

30º DIA - 10/DEZ - Clóvis segue viagem...
Ajudei o Clóvis com a bagagem e o levei até o posto da PRF. Me despedi dele, que seguiu viagem... faltavam 1700 Km para ele ainda. (observem nas últimas 2 fotos a tempestade que vinha)

(Depois desta há/haverá mais uma postagem sobre a viagem...)


domingo, 18 de janeiro de 2015

USHUAIA 2014, 7-VOLTANDO P/CASA (parte 1)

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FOTOS DOS 22º ao 25º DIAS - 02 a 05/DEZ:
    

22º DIA - 02/DEZ - Piedrabuena (arrumando a moto e Isla Pavón)

Bom, com a queda no rípio que relatei na postagem anterior, este dia foi para arrumar a moto, resolver detalhes e descansar um pouco da estrada. Tenho certeza que teria sido melhor dormir em El Calafate ao invés de insistir na viagem no dia anterior.
A moto caiu do lado esquerdo e...
  1. Quebrou o manicoto (na parte que segura o retrovisor),
  2. Saltou fora a tampa do baú,
  3. Destroçou o pisca,
  4. Quedrou a bolha, 
  5. Entortou o pedal de cambio (um pouco), e
  6. Ficou arranhada no para-lama dianteiro e no baú.
Para seguir viagem tive que:
  1. Soldar o manicoto (onde segura o retrovisor, o esquerdo),
  2. Fixar as dobradiças da tampa do baú,
  3. Remontar o pisca (minimamente), e
  4. Colocar fitas "tape" (ou "scoth") na bolha.
  5. (O resto ficou para a volta).
Enquanto isso, no camping da Isla Pavón, um dos funcionários fez por iniciativa própria um dos apoios/descanços de pé da moto do Clóvis, que se perdeu no rípio dias antes. O cara fez uma obra de arte com um tubo e não queria cobrar por isso... claro que o Clovis deu algo pro cara e deciciu que na volta ia mandar cromar para eternizar a obra do funcionário do camping.
De noite comemos uma linguiça assada pelo uruguaio nato do grupo (también soy uruguayo, pero mesclado).

23º DIA - 03/DEZ - Piedrabuena em diante (Km 2014, dor do Coraza)

Km 2014... fizemos questão de tirar fotos no Km 2014, ano desta viagem!
Caleta Olívia... fizemos uma pausa lá e o capacete do Clóvis estava perdendo uma peça. Quase compramos outro, mas conseguimos arrumar minimamente e seguir viagem sem mais demoras.

DICA: a 15 Km ao sul de Comodoro há um ótimo lugar pra dormir... o balneário de Rada Tilly.
Pernoite num ponto no caminho acima de Comodoro Rivadávia. Na ida dormimos no camping deles, mas desta vez foi só a parada do meio dia.
Alí percebemos que o Coraza estava sendo dor nas costelas desde que caiu no Chile e não teria como seguir viagem sem um descanso e alguma providência... ele insistiu em esperar até chegar ao Uruguay para fazer exames pelo convênio médico dele. Então conseguimos um anti-inflamatório e analgésico que não desse sono. Ele ficou tomando até chegar de volta em casa e as dores pararam ou reduziram muito. Chegando na cidade dele novamente, verificou e estava tudo bem com ele.

Dormimos num restaurante ("comedor") que havia 12 Km depois de uma estación de servício.

24º DIA - 04/DEZ - Separação e problemas na embragem da Falcon...
Eu me separei dos guris no dia 4/dez e tentei tocar os 2300 Km que faltavam para chegar a tempo de uma festa na noite do dia 5, mas perto do meio-dia, com quase 500 Km rodados, quase entrei atrás de um caminhão... o ví uns 50m antes e quando me dei conta já estava a 10m (apaguei por uns 40 ou 50 metros)! Com experiência e domínio da minha máquina me livrei do acidente, mas corri um risco muito sério!
Com isso desisti de continuar sozinho e correndo. Resolvi esperar Clóvis e Coraza. Parei num posto perto de Santo Antonio Oeste. Não tinha sinal de celular mas estava com wi-fi... consegui contato pelo WhatsApp com o Clovis e fiquei sabendo que estavam em Trelew com a embreagem da Facon quebrada (forçou muito com tantos ventos)... decidi voltar até a cidade anterior (Sierra Grande) que tinha uma estrutura boa (descobri até um grande supermercado "escondido" por lá). Enquanto isso eles ficaram todo o resto do dia ocupados com o mecânico que deu um "chá de banco" neles e levou até a última hora para tocar na moto. Colocou um kit de Yamaha na Falcon e conseguiu seguir viagem no dia seguinte.
Enquanto isso descobri que nos fundos o posto (estación de servício) tinha um peuqeno parque/camping com banhos (duchas) no posto durante a noite... (mas tinha que ser discreto, pois as atendentes diziam que não haviam banhos... quem me deu a dica foi um outro funcionário que ficava organizando as coisas do lado de fora).
Não temos fotos deste dia.

25° DIAS - 05/DEZ - Nos juntamos novamente!
Fiquei até quase meio-dia esperando eles que saíram de Trelew em direção a Sierra Grande (onde eu pousei). O Clovis chegou antes do Coraza e eu já estava ponto a algumas horas e com a moto lá na frente do ponto para que eles não e perdessem de mim.
Um tempo depois chegou o Coraza, como sempre brigando contra o vento com a Falcon (leve e alta). Foi ótimo nos reencontrarmos novamente!
Neste dia seguimos até Rio Colorado e dormimos novamente no camping. Meio nos desencontramos na hora de comer alguma coisa, mas tudo bem... estávamos a salvo e num lugar conhecido nosso e mais perto de casa.

Na próxima postagem... os últimos 4 dias até a minha fronteira (Santana do Livramento/Rivera).


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Janta em Dom Pedrito

(Uma pausa nas postagens da viagem...)

Neste último fim de semana tivemos em Dom Pedrito a comemoração de aniversários dos moto grupos Dragões da Fronteira e Cães da Estrada. Foi bom voltar a ver a turma local, a galera aqui da área, que costuma vir nos eventos da região. Estavam algumas figuras carimbadas e foi muito bom compartilhar o tempo com todos os presentes. Como foi bom me sentir em casa novamente... entre amigos!

VEJA TODAS AS FOTOS AQUI:


sábado, 10 de janeiro de 2015

USHUAIA 2014, 6-O GLACIAR PERITO MORENO

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FOTOS DOS 20º DIA - 30/NOV:
     

FOTOS DOS 21º DIA - 01/DEZ:
     

20º DIA - 30/NOV - Rio Gallegos a El Calafate - 250 Km (mais vento! ... e camping de baixo da ponte)
Saimos de (Rio) Gallegos e seguimos em direção a (El) Calafate. E fomos bem, até que o vento foi pegando novamente e cada vez mais forte a tal ponto que tivemos que parar no posto (Estación de Servício) de La Esperanza (metade do caminho). Pois fomos obrigados (nós e todos os motor-home que estava no mesmo caminho) a parar alí para se abrigar do vento. Foram horas preciosas perdidas e só voltamos para a estrada depois das 16h, mesmo com o vento ainda meio forte. Chegamos em Calafate aproximadamente 18h e até abastecermos, descansar um pouco, nos alimentar e terminar de passar pela cidade, saímos para os 80 Km até o Glacicar às 19h, pois fecharia (segundo nos informaram) às 20h e permitiam que se ficasse alí dentro até às 22h (horário no qual ainda há luz naquela latitude e época do ano). Mas, chegando lá, fomos pegos de surpresa, pois o horário de entrada de 20h só seria válido no dia seguinte (até o dia 30 ainda valia o limite de 19h, chegamos às 19h45). Então aproveitamos o wi-fi do pórtico de entrada do parque (sim, tem wi-fi), tomamos uns mates, conversamos com um guarda parque e com o funcionário da portaria, recarregamos as garrafas dágua e depois seguimos até um local pertinho dalí, praticamente debaixo de uma ponte, para acampar até o dia seguinte e cedinho entrar no parque. Detalhe: No dia seguinte descobrimos que estávamos a 2 Km de um camping, provavelmente com toda estrutura (banheiros, duchas e energia). Mas não nos arrependemos, pois dormir na beira do Rio Mitre foi uma experiência muito interessante, com aquele barulhinho da água correndo e um belo amanhecer, com direito a arco-íris.

21º DIA - 01/DEZ - O Glaciar Perito Moreno e início da volta... (natureza impressionante e compra de terreno)
No outro dia cedinho acordamos e, calmamente, levantamos acampamento e entramos no parque no meio da manhã. "Filamos um rango" (comemos) e depois fomos às passarelas e mirantes que dão acesso ao Glaciar Perito Moreno. Fomos ver o glaciar e nossa intensão era de tirar umas fotos e pegar a estrada para Piedrabuena no mesmo dia... resultado: É impossível chegar lá e ficar pouco... só as passarelas já exigem um tempo e tanto para descer e quando se está perto do glaciar, se perde a noção do tempo e quando nos damos conta já passaram horas e a pessoa nem se importa com isso. Chegamos na época em que ele está contra a margem, enorme e próximo dos mirantes, de forma que pegar o passeio de barco seria secundário. Os estrondos de gelo quebrando são muito frequentes e quando acontecie um, todos olham para ver onde tinha sido o rompimento do gelo... e assim se passam algumas horas (ainda bem que só conseguimos entrar neste dia, pois no dia anterior teríamos pouco tempo para aproveitar). Esse glaciar é realmente impressionante, quase indescritível. Lá dentro se deixa o veículo num estaconamento e a a locomoção é pelos micro-ônibus que circulam pelo parque, tudo gratuitamente, incluído na estrutura do parque. Só alimentação e compras é que são cobradas em separado.
A VOLTA... no meio da tarde saímos de volta para passar Calafate (completando o tanque) e seguir para Piedrabuena no mesmo dia. Não conseguimos nos encontrar com os guris (Martin e Claudia, que estavam em Calafate) por mero desencontro de horários. Pois saímos de Calafate passado do meio da tarde e era bem provável que pegássemos noite, pois os 200Km de rípio são seriam muito rápidos de ser percorridos... escolhemos o rípio para escapar do vento nos mais de 400 km necessários para descer a Gallegos (ao sul) e subir novamente a Piedrabuena (Comandante Luiz Piedrabuena, ao norte de Calafate e a leste de Calafate). Assim o vento que sempre corre (no plano) de oeste a leste nos empurraria ao invés de nos vitimar pelas laterais (direita para quem desce ao sul e esquerda para quem sobe ao norte).
PORÉM... a estrada tinha problemas em alguns pontos e foi difícil manter uma boa velocidade de cruzeiro. Assim aos 160 Km de rípio o sol foi sumindo no horizonte e os últimos km foram no escuro. Com pressa de chegar mantive uns 50Km/h nos momentos em que o pipio estava bem plano, e isto nos fez ir chegando perto do asfato da ruta 3, mas...
COMPREI UM TERRENO... "do nada" (de repente) me deparei num ponto a 60 km/h com um trecho de rípio solto que uma máquina deixou na pista (bem solto) com direito a valetas (huejas, ao estilo dos arados), dei uma leve freiada e entrei a uns 55 km/h uma daquelas valetas, com a moto debriada (apertei a embreagem) de forma que a roda traseira se adaptasse bem à irregularidade do solo pelo máximo de tempo possível. Em algum momento a moto perderia o equilíbrio e como meu pneu era para asfalto não teria aderência para retomar o equilíbrio em terreno solto, portanto, caí quando a velocidade estava bem menor, creio que a 10km/h mais ou menos (entre 20 e 5 km/h). Me machuquei pouco, mas passados os primeiros minutos fiquei bem nervoso. E nessas horas é que faz diferença a ter parceiros andando junto, pois sem eles eu não conseguiria chegar em segurança nos 85 km que faltavam a até Piedrabuena (15 de rípio e 70 de asfalto). Eu estava relativamente bem, mas em estado de choque. Quanto à moto, teve algumas avarias que tive que consertar no dia seguinte, mas pelo menos me permitiu a pilotagem depois da queda. Me atenderam na cidade e foram apenas pequenos machucados das pedras maiores que rasparam minh pele mesmo por fora da proteção do equipamento de cordura (jaqueta e calça). Mas que fique claro que este me protegeu muito, muito mesmo. Valeu cada centavo investido e cada minuto de uso que fiz do equipamento por todos esses anos.

domingo, 4 de janeiro de 2015

USHUAIA 2014, 5-E SEGUE O PASSEIO

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FOTOS DOS 14º e 15º DIAS - 25 e 26/NOV:
   

FOTOS DOS 16º DIA - 27/NOV:
    

FOTOS DOS 18º e 19º DIAS - 28 e 29/NOV:
    


14º DIA - 25/NOV - Ushuaia a Rio Grande - 200 Km (e o vento começou de verdade... e a solidariedade se mostrou)
Saímos na terça-feira e fizemos as fotos obrigatórias no pórtico da cidade. Até este ponto a diferença do meu odômetro entre partida inicial até o início da volta aqui, fechou pouco mais de 5000 Km. Neste dia levamos na garupa de uma das motos a Kitty, reporter do Diário Motos Sin Fronteras de Porvenir, cidade para onde nos dirigíamos nesse dia, antes dos tempo mudar.
Quando chegamos a Tolhuin, encontramos 2 brasileiros na Estación de Servício (posto), que estavam chegando a Ushuaia. Depois seguimos a Rio Grande onde encontramos o amigo Oscar, que nos recebeu no posto, conversamos um tanto e tentamos seguir adiante... tentamos, pois o vento que vinha se pronunciando cada vez mais forte, decidiu se mostar de verdade... ventos de 50 km/h com rajadas de 70, era a previsão. O Oscar já sabia que voltaríamos em alguns minutos e em pouco tempo já estávamos na casa dele, onde passamos a noite.
Mas o que seria um dia perdido se revelou uma noite agradável. Dizem aqui da Terra do Fogo que "Deus cria e o vento amontoa". Pois nos amontoamos nós 3 (Coraza, Clovis e eu) + Kitty + Gilson Miranda + colombiano Andres Potes (que está percorrendo vários países) + a família do Oscar + amigos que vieram nos ver... uma galera. Sorte que nos dividimos e o Coraza foi para a casa de um dos que apareceu alí para visitar outra arachana (nascida em Melo) que vive lá. Para a janta não sabíamos o que fazer e nós os visitantes decidimos fazer a janta... eu o Gilson, como gaúchos, achamos melhor tentar fazer um arroz de carreteiro... mas não tinha charque na região e o arroz local era muito estranho... mas saiu um "rango" legal (dei uma de cozinheiro até a parte em que tinha que colocar o arroz, ponto em que passei para a Karin, esposa do Oscar, que conhecia bem esse arroz e sua própria cozinha. A comida foi muito elogiada, mas certamente a fome foi um ingrediente mais importante neste caso, e daí fica fácil agradar.
NAS CAMAS DA FAMÍLIA... eles dormiram sobre edredons e colchões no chão, dando suas camas e sofá para nós dormimos... pode ser normal para eles, mas para nós foi atípico tanta solidariedade (dois dias depois compramos colchões infláveis e enviamos para eles).

15º DIA - 26/NOV - Rio Grande a Porvenir - 260 Km (um passeio)
Neste dia o Gilson, que conhecemos na casa do Oscar, veio conosco e foi um passeio, o vento deu uma trégua (sempre presente, mas apenas o normal da região) e conseguimos viajar sem maiores problemas. Andamos os 80 Km até a fronteira de San Sebastián, os 16 km de rípio até a migración chilena, os 60 Km até a migración até o trevo que dobra para Punta Delgada ou para Bahia Chilota em Porvenir. Dalí pegamos para Porvenir, mais 100 Km. Foram uns 260 Km nesse dia. Depois, na janta, fomos recebidos na casa da Kitty com o talento culinário do amigo dela, o Armin, grande cozinheiro nas horas vagas. Lá tivemos o prazer de comer SAMÓN CON SENTOYA, um espetáculo de sabor, mesmo para quem não costuma comer peixes e frutos do mar como eu. Também provamos carne de castor enquanto ele preparava o prato principal. O salmão com sentóia é uma combinação inesquecível, cada um deles já é bom, mas juntos ficou ótimo!

16º DIA - 27/NOV - Porvenir a Punta Arenas (compromissos, balsa, Zona Franca e pôr do sol)
Tínhamos uns compromissos para cumprir em Porvenir, como visitantes... Falar na rádio, receber um menino doente na balsa (que veio de Punta Arenas, pela manhã), visitar um centro que ajuda crianças especiais, o que foi muito bom... crianças são sempre uma benção.
Fizemos o almoço rápido depois para garantir o horário da balsa (14h)... um ótimo passeio de 2h. Até tirei uma foto como "capitão de estrada" ao lado do capitão do navio (balsa) e de um oficial do exército chileno... uma boa lembrança.
Chegando em Punta Arenas fomos atrás de hospedagem, no local onde tinham nos indicado (está nas fotos) e depois fomos dar uma volta, onde encontramos um POR DO SOL maravilhoso... dum jeito que só costumo encontrar em Punta Arenas... as fotos até captaram bem o cenário, mas na hora era uma luminosidade especial, melhor do que nas fotos. São coisas que só nossos olhos podem ver...
Também passamos na Zona Franca e os 3 (Clovis, Coraza e eu, Sandro) compramos umas bolsas que até pareciam impermeáveis mas, principalmente, são grandes, de forma a acomodarmos boa parte da carga nelas.

17º DIA - 28/NOV - Punta Arenas (um dia parados pelo vento)
Levamos a Kitty para a balsa, o Gilson seguiu seu caminho (saiu antes de nós para a estrada) e seguimos viagem, digo, tentamos seguir... mais uma vez o vento se revelou uma barreira e um risco sério, que nos fez abortar o trecho do dia... iriamos a Puerto Natales, para seguir depois a Torres del Paine. Porém, nada disso foi possível e tivemos que voltar à hospedagem onde ficamos na noite anterior e que já estava lotada... por sorte uma cabana tinha sido liberada e nos fizeram o mesmo preço do quarto simples do dia anterior.
Com a tarde livre, agora só os 3 novamente (Clovis, Coraza e eu), voltamos à Zona Franca agora pra procurar pneu para a Falcon do Coraza, o que, por incrível que pareça, não se achou em Punta Arenas (mas achamos no dia seguinte em Rio Gallegos). Também achei um tripé especial que tanto procurei para a câmera e que só tem na loja da Canon em Punta Arenas.

18º DIA - 29/NOV - Punta Arenas a Rio Gallegos (mudança de planos)
Finalmente, seguindo viagem... mas desistimos de Puerto Natales, pois lá o vento não só era lateral, variando de lado o tempo todo, a cada montanha. Se a viajem já seria ruim com vento forte, imagina então variando de lado (frete, esquerda, direita e costas...) o tempo todo! E também perdemos 2 dias por conta do vento e isto comprometeu nosso calendário de viagem. Decidimos então ir a (Rio) Gallegos para achar o pneu do Coraza e, talvez, chegar uma cidade além... mas não deu tempo e tivemos que parar também numa oficina para trocar a transmissão da Falcon... o vento comeu o pneu traseiro e uma transmissão da Falcon em pouco mais de 5000 Km.
Paramos no Hotel Colonial (um hotelzinho bom, tirei foto do cartão deles). Também conhecemos o Marcelo, um ótimo mecânico, onde também arrumei meu baú que estava um pouco quebrado no suporte.
COMPRA DE TERRENO... neste dia o Coraza "comprou um terreno" (caiu) na Ruta del Fin del Mundo (CH 255, do lado chileno, entre Punta Arenas e Rio Gallegos). Foi me mostrar uma placa (cartel) e a roda dianteira da Falcon e alinhou com o degrau que tinha entre a estrada de cimento e o acostamento de terra e daí ele perdeu o equilíbrio.
Lesões... Ele teve raspões (estava sem luvas) e uma leve batida nas costelas (que só nos contou muitos dias depois, ficou sentindo dor sem nos falar...). Por sorte não foi nada, ele verificou dias depois, em casa, com o plano de saúde dele e estava ok... nos últimos dias (quando nos falou) ficou tomando um anti-inflamatório e analgésico por precaução, e por pressão nossa (minha e do Clovis).
Colega chileno em Gallegos... na janta conhecemos o colega Marcelo de Punta Arenas, e trocamos contatos, como sempre.

DICA: Não troquem óleo, pneu ou transmissão em Ushuaia. Isto é melhor em Rio Gallegos, pelo atendimento (e mais fácil que em Punta Arenas, pelos locais e agendamento).


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

USHUAIA 2014, 4-USHUAIA

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Na postagem anterior mostramos a chegada em Ushuaia, no sábado, dia 22/nov, e na próxima mostraremos o início da viagem de volta.
Na próxima postagem saímos de volta de Ushuaia em direção aos próximos destinos da viagem.
Ficamos em Ushuaia, Tierra del Fuego, Argentina, por 2 dias...



FOTOS DOS 12º e 13º DIAS (23 e 24/NOV):
  

12º DIA - 23/NOV (domingo)
Depois de nos organizarmos no sábado e até aproveitarmos um moto passeio pela cidade, o domingo foi para aproveitarmos todos os 6 juntos o que foi possível. No hostel ficamos um bom tempo, confraternizando e arrumando algum detalhe (inclusive lavar roupas). Também tiramos algumas fotos juntos nos fundos do hostel, com um pouco de visão das montanhas ("cerros") ao fundo. Pela tarde eu (Sandro), Clovis, Raquel e Coraza tentamos ir a Bahia La Pataia, mas o tempo mudou e a chuva fria já era ruim e ainda com alguns km de rípio desistimos de ir nesse dia. À noite Clovis e Raquel ficaram no hostel "se curtindo" e fomos (eu, Coraza, Martin e Claudia) ao moto encontro, ver o ótimo show do Javier Calamaro.

13º DIA - 24/NOV (segunda-feira)
NESTE DIA NOS SEPARAMOS... 
- Martin e Claudia tinham que seguir caminho para cumprir sua programação, e também porque agora era só voltar (estávamos mais tranquilos). 
- Já a Raquel pegou o avião de volta de manhã. 
- Nós 3 (eu, Clovis e Coraza) fomos pela manhã ao moto encontro... já estavam desmontado tudo, mas nos rendeu contatos novos de outros que ainda estavam por lá, incluido o Marcelo da InforMoto e a Kitty do Motos Sin Fronteras, reporteres. Inclusive do contato com a Kitty e da dica do Castilho de Santa Maria (que esteve no moto encontro), decidimos ir a Punta Arenas por Porvenir no dia seguinte. De tarde finalmente fomos a Bahia La Pataia, nosso verdadeiro destino final, onde chega ao fim da Ruta 3.